segunda-feira, 14 de abril de 2008

A Cobra



Primeiro dia de aula. O ônibus estava completamente lotado e eu me segurava nas barras, totalmente desanimada. Já não bastava eu ter que voltar a ir as aulas, ainda teria que voltar a entrar naquele maldito ônibus lotado? Mas tinha que admitir, estava realmente ansiosa em ver os outros. Rever o Ale, a Emily, a Manu, o Samuel, a Rayssa, a Dayse, a Ju... O Povo do quinto período.

Sentia falta ate de sentar do lado da Ana e do Artur e ficar conversando, apesar de ter continuado a ver eles nas férias. (Não dá nem pra sentir falta desses dois). Assim que chego encontro eles sentados no chão do corredor, conversando. Sento do lado e logo começo a me intrometer na conversa. Em determinado momento, aparece o Fábio, totalmente eufórico, e fala:

- Tem uma cobra na sala.

Nos entreolhamos, voltamos a olhar pro Fábio, e então, o Artur fala aquilo que estávamos os três pensando:
- Ta falando serio?
- To.
- Tem uma cobra na Sala? Tu não ta mentindo?
- Pra que eu iria mentir sobre isso?

Como que para comprovar o fato, as pessoas do recém segundo período de jornalismo, começa a se amontoar na porta da sala. Voltamos a nos entreolhar, e como se combinado, saímos os três correndo, em direção a sala.

A entrarmos, encontramos dois meninos em volta de algumas cadeiras, e a cobra, pequena, tímida e fina, correndo entre as cadeiras. O Artur, curiosamente, aproxima-se e se junta aos outros rapazes e os três começam a...tirar fotos da cobra pelo celular. Enquanto isso, algumas meninas histéricas gritavam atrás de mim:
- Mata a cobra, mata.
- Esses homens, em vez de acabarem com a bicha ficam tirando foto.

E a Ana falava, cheia de pena:
- Ai gente, mata a cobra não, deixa a bixinha.

Então eu saio da sala, e posso ver o alvoroço no corredor, todos querendo saber a historia da cobra. O Artur sai da sala, desaparece pelos corredores e volta com um galho de árvore, cheio de folhas. Parecido com aqueles galhos de coqueiro. As meninas gritam, os rapazes falam, as pessoas param para vê, e o Artur – o cavaleiro de armadura reluzente – varre a cobra ate o corredor, jogando-a no mato ao lado do bloco, por onde ela desaparece.

E eu aqui, com os meus botões penso, será que ninguém entende que ela só queria estudar? Esse povo escandaloso, ela apenas estava lá, sentadinha em sua cadeira, provavelmente com cadernos e canetas a mão (ou enrolado no rabo, sei lá), esperando ansiosamente pela primeira aula do semestre, e é tratada tão vilmente por seus colegas de sala. E depois defendem o fim do trote violento...

3 comentários:

Anne Nascimento disse...

cara
super não maltratem a cobra, pow =x

eu super gosto de cobras...









Eu acho que esse comentário vai me comprometer, to sentindo isso

Nathália E. disse...

Uma vez apareceu uma cobra no quintal da minha antiga casa, daí eu cheguei pro meu avô e disse: Posso ficar com ela? *-*
E ele disse, impiedosamente: NÃO! Tá doida? Quer morrer?
E eu fiquei com a maior cara de cachorro sem dono ó.ò

E ele MATOU A COBRA!! Fiquei sem falar com ele durante 2 dias. Hunf! Até que ele me trouxe uma penca de doces :D

Beijo! Beijo!

GiselleXL disse...

ahuahuahuah

coisas do mundo encantado da ufaclândia..

anne, comentário comprometedor meeeeeeeeeesmo!!

hauahuahuahu

beeeeeeeeeeeeeeeeijos!