"Você quer terminar?"

Não me faça esse tipo de pergunta, meu querido. Porque eu não poderia nunca respondê-la. Dói. Dói demais não te ter aqui do meu lado. Não te abraçar a noite. Ter que me contentar com telefonemas e mensagens no meio da noite. Não vou mentir, meu querido, porque essa é a verdade. Saudade machuca. Você bem sabe. Mas não me pergunte esse tipo de coisa. Eu sou fraca. Você já percebeu. Eu não tenho força pra isso. Amar requer uma coragem que não tenho. Mas você me dá um pouco da sua força pra me segurar. Não me faça esse tipo de pergunta, porque por mais que minha mente, meu lado racional, grite: Corra, saia daí! Minhas pernas, elas não se movem. Estão fincadas onde você plantou meu coração. Bem aqui, perto de você. Nesta varanda. Nesta casa pequena. Pegue mais um cigarro. Trague devagar. Me beije. E pare de fazer essas estupidas perguntas, porque eu não poderia ir embora. Nem que eu quisesse. Estou presa a você. A este sentimento que a cada dia vai ficando maior e mais intenso. Eu não poderia desistir assim de nós dois. Não consigo mais desistir. Por mais que seja fraca, não conseguiria viver meus dias sem a sua companhia. Eu sinceramente não sei como será nosso futuro. Mas sigo fazendo planos com você, e criando todas aquelas expectativas que por anos eu abominei. Porque com você é diferente, meu bem. Eu não conseguiria apenas ir embora sabendo que você ficaria aí. Eu preciso ficar aqui, com você. Então, meu amor, não me pergunte mais. Porque cada vez que faz esse tipo de questionamento, só me faz perceber o quanto sou sua. O quanto estou presa a você. E tenho medo. Medo deste sentimento que me deixa tão feliz. Eu procuro não pensar nisso, para não botar tudo a perder. Por favor, não me deixe fuder tudo outra vez. Segure meus impulso auto-destrutivos. Que eu seguro os seus. Vamos nos agarrando.

- Não solta da minha mão
- Nunca.