quinta-feira, 10 de novembro de 2011

fantasma

lá vem ele, para assolar meus pensamento e me deixar nessa inquietude que há tempos eu não reencontrava. lá vem ele, com seus típicos desaparecimentos dizendo que estava de volta. de novo. até quando? lá vinha ele, com a cara mais sonsa, perguntar pela vida, marcar encontros.

e lá ia eu, de novo, procurar espaço no meu coração para dar mais uma chance, mesmo sabendo que não deveria. que não podia.

e cá estou.
entre fantasmas, relembrando daquela noite em que atravessou a cidade para me ver só para ouvirmos música no seu carro por oras a fio, ate eu ter coragem de lhe beijar, mesmo sabendo que não deveria.
e cá estou eu, entre mortos e feridos, revivendo as angustias de outrora. você indo embora sem ao menos se despedir, na sua roupa fina. e eu com meu vestido longo. você fumando seu cigarro no mercado, me contando envergonhado que havia escolhido ela, e não eu.
e cá estou eu, esperando você dizer que dessa vez vai ser diferente, mesmo que estejamos fazendo tudo exatamente igual.

e cá esta você, sem ter a minima ideia da ferida que acabou de reabrir.

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