domingo, 19 de outubro de 2008

Tarde de Outubro

Com cheiro de chuva e nuvens carregadas, os dois olhavam o rio sem pretensão. Ela procurava por algo, que não estava nas curvas de águas barrentas nem nos telefonemas de conhecidos medos. Tentava usar novamente o vestido de bolinhas, mas ele não lhe cabia mais. Só ansiava pelo ardor de outrora, as brincadeiras de junhos e setembros passados. Desejava por novos pensamentos recorrentes. (um possível e concreto). Não queria as pessoas, apenas aqueles sentimentos fugazes que elas já haviam, outra vez, lhe transmitido. E os versos? Ah, os versos eram deixados para trás.

Nenhum comentário: