sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

O Diário


"Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda"

[O diário de Anne Frank]




Ontem eu fui à livraria com o meu pai. É o nosso programa. Quando decidimos sair, sempre acabamos na livraria, mesmo que não compremos nada. Acho que a coisa que mais me une ao meu pai é exatamente isso, a paixão pelos livros. Da mesma forma que a paixão pelos filmes me une a minha mãe. Eu gosto desta ligação.

Pois bem, estamos nós três, eu meu pai e meu irmão, olhando pela confusa Pain – porque ate hoje eu nunca sei onde fica nada naquela livraria – eu já tinha escolhido três livros, anotados na minha lista mental para assim que tivesse dinheiro compra-los (esta lista está maior que a lista de crianças do Papai Noel, podem acredita.) quando eu vejo um livro, simples, na parte de bibliografia e memórias. Um livro que já tinha ouvido várias citações, elogios e era louca pra ler.

Em enormes letras marrons podia se ler “O Diário de Anne Frank”. Uma pequena foto de Anne estampava a capa, logo em baixo do titulo. Agarrei rapidamente o livro e naquele momento eu já sabia, aquele livro ia comigo pra casa, custe o que custasse. E nem precisou de muito. Meu pai de bom grado aceitou em comprar pra mim, e ainda me deixou levar um outro livro que eu ficara admirando “Correndo com Tesouras”. Ao chegar em casa logo sentei-me no chão do meu quarto, encostada a porta do armário e os pés presos pela cama a mina frente, e comecei a devorar o livro.

Pagina após pagina eu ia descobrindo cada vez mais sobre Anne e sobre sua vida no Anexo Secreto. As coisas que faziam para passar o tempo, como tinham que ficar horas em silencio, das pessoas que os ajudavam e compravam-lhe comidas. De como faziam pra se banhar. Das constantes brigas, choros e raivas. Dos momentos alegres e divertidos. Pouco a pouco eu ia sendo colocada naquele mundinho que Anne descrevia a Kitty, como ela gostava de chamar seu diário. E junto com ela vinha a esperança para o fim da guerra e todo aquele tormento, e o pensamento de como a humanidade pode ser ta cruel. Tratar pessoas como lixo, como cachorros de rua fedidos e fedorentos. E o mais estranho de tudo isso é saber que aquelas são pessoas reais, que aquelas coisas não foram inventadas, não vieram da imaginação de um autor sobre como deveriam sofrer os judeus na guerra. Não, aqueles relatos são reais, de uma pessoa que realmente esteve viva, uma pequena garota de 13 anos. Aquilo realmente aconteceu, e é difícil demais imaginar que a humanidade realmente deixou que estas coisas acontecessem.

Adorei o livro, e como era de se esperar, como sempre acontece quando eu leio diários interessantes, me veio à vontade de fazer um para mim. Mesmo sabendo que eu irei largá-lo logo. Eu simplesmente não consigo manter um diário, meu sonho é escrever um, longo e cheio de fotos e detalhes, com uma linda capa dura. Então, se vocês encontrarem um caderno de capa dura, podem me dar, ok? Quem sabe depois da minha morte não publicam “O diário de Veriana Ribeiro”.

Mas fica a dica pra quem precisar de uma boa literatura, “O diário de Anne Frank” é uma excelente pedida. Você só vai precisar ter paciência com alguns ataques de histerias de uma garota de 13 anos de idade presa com vários adultos num esconderijo.

7 comentários:

Ana Helena disse...

primeira!
na fila pra pegar emprestado!
=D

Manu Falqueto disse...

Quero ler esse livro há anos...
Agora descobri alguém que ganhou xD
Segunda... xD

Já comeci mais de cinco diarios...
Ás vezes leio e gosto...Se achar um caderno legal lhe dou xD

Veriiii...Tipo não estou em Rio branco, o trabalho tá no pc lá de casa, vou ver se o Victor consegue leh enviar, mas se não chego dia dois...
p.s.
tu me empresta antes o Harry?
(fiz cara de cãozinho abandonado)
xD

bjim

GiselleXL disse...

Esse livro é bom mesmo...

já peguei ele na biblioteca publica (faz teeeemmmmmpo mesmo)

lembro da parte em q ela dizia que é nó momento de uma briga q se pode julgar o carater de uma pessoa..

:)

vamos marcar um café com o Arthur e conversar sobre os nossos nomes.. hahaha

bjsss

Anne Nascimento disse...

einnnn
gosto do nome dela

=x

ta bom, também achei sem graça =x
ashduiashdiausdhuiasdhuasid

rayza. disse...

¬¬

Thalyta França disse...

foi legal tu lá onteeem !
\o /

Anônimo disse...

AAAHHH!!!
Já li esse livro! Faz quase um ano...
amei.
mas o meu é a versão antiga. Era do meu pai. o livro ja ta todo mofado. -____-'


Boa leitura veri o/