Eu ainda me
lembro das nossas conversas no escuro, você olhando para o teto e eu olhando
para você, tentando segurar aquele momento na minha memória e abraçar os
segredos que você me compartilhava, tão seus, tão nossos. Eu ainda me lembro
daquela tarde, em que eu chorava vendo um filme e você me abraçava pelas
costas, em silêncio, consolando uma tristeza criada. Eu ainda me lembro de
tentar adivinhar quando você estava com raiva mesmo e quando estava apenas
brincando, porque a gente tinha dessas brincadeira de fingir ser aqueles chatos
que a gente detesta só para rir e lembrar que nós éramos apenas nós. Eu ainda
me lembra da minha felicidade quando você disse que não estava fincando com
mais ninguém, porque não queria ficar com mais ninguém. E do meu coração
apertando forte ao te olhar nos olhos e saber com toda a certeza do mundo, sem
nenhuma sombra de duvidas, que eu estava amando você. E aquele medo de contar sobre
esse sentimento se esvaziando quando você me disse que me amava também, apesar
de você não ser dessas coisas. Eu me lembro disso tudo, e sigo lembrando.
Porque eu coleciono memórias e as com você estão guardadas em um lugar especial
na minha caixinha de lembranças. Eu não espero mais nada de nós, ou às vezes
espere, mas já desisti de criar ilusões e expectativas. Sigo a vida aceitando
te ter do meu lado como a vida permitir, sem querer mais, sem pedir pelos segredos
de baixo das cobertas em uma tarde fria de domingo.
sábado, 16 de agosto de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário