terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sou orgulhosa. Não mando mensagens, não escrevo cartas, nem uma palavra a mais do que nossa despedida você ouvirá de mim. Seria pedir por você, e isso não estou disposta a admitir. Não conseguiria claramente demonstra o quanto sinto sua falta sem me sentir derrotada. Pronto, você venceu, foi mais importante para mim do que para você! Aqui está minha desistência neste sms. Não seria capaz desse ato de coragem. Seria admitir o quanto sou dependente. O quanto preciso dos outros. De você. Jogar por terra a imagem de independência que passei tanto tempo construindo. Então vou destruindo você dentro de mim, aos poucos, culpando-o por todas as impossibilidades que provocaram minhas noites mal dormidas. Minha única culpa foi ter feito o contato final, num claro sinal de desespero. Fraquejar naquele último momento. E ficamos assim, cada um em seu muro de egoísmo e futilidade, inflamando nossos egos. Oh, como somos parecidos, não é? Pobres seres orgulhosos. Deve estar no sangue. Continuo escrevendo as cartas que nunca enviarei. Não é para você lê-las. Mas continuo esperando as cartas que você nunca irá me enviar.

Um comentário:

Estefania disse...

"Juguei-me grande pelo sentimento. E pelo orgulho, sou ainda maior."
Floberla Espanca.