quinta-feira, 18 de março de 2010

trechos

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"Ela não necessita de laços. Ama, e pronto. Como quem respira. De tal forma vai amando, amando, amando, e partindo. Era ar. Eu não queria que ela amasse, não dessa forma. Queria que ela amasse como eu amo, como quem se afoga. Segurando o amor que ela era em pedaços na minha boca, ate que ele se acabe. Queria que ela me segurasse, abraçasse, falasse palavras de carinho. Mas Mariana não era disso, o amor era tão dela, que o simples fato dela existir já era por si só uma continua prova. Eu queria que fosse só minha. Que falasse apenas o meu nome. Que suspirasse “Heleninha…” quando dormisse. Mas ela era, como o ar, de todos. Não se prendia, por mais que eu segurasse a respiração. Por isso ela desmanchou em bolhas."
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PCJ

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