sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Eu, eu mesma, e sem Irene

Eu preciso de um tempo para mim. Não, não é um tempo para fazer todas as coisas que gostaria de fazer, visitar todos os lugares que gostaria visitar, ou coisa do tipo. É apenas um tempo para mim. Eu, eu mesma e mais ninguém. De preferência, nada que me ligue ao mundo real ou virtual, que a cada dia vai me angustiando mais. Parece que quanto mais espaço os seres humanos adquirem para expor suas idéias e opiniões, menos eles vão se utilizando do famoso “filtro mental”, e cada vez mais todas essas ferramentas são usadas para fofocar e denegrir o outro. Não gosto de balizar minha vida na dos outros, com hipocrisia e moralismos de fachada. Para mim, é falta de tempo e noção de que a vida é mais do que a nossa bolha da classe média. Em uma reunião com o Movimento Marina Silva, ouvi que é necessário sempre levar as discussões para um patamar mais avançado, em vez de ficar no limbo dos xingamentos, tão comum em qualquer área, e achei o conselho muito bom. Na área ambiental fica no famoso “quer salvar os macaquinhos” ou “é contra o desenvolvimento”, como se desenvolvimento fosse medido com a quantidade de árvores derrubadas e estradas ou prédios criados. Da área cultural eu acho que já desisti. Não tenho paciência para artistas ou estudiosos, enquanto o povo, o povão mesmo, é ridicularizado pelos seus gostos e tradições, como se fossemos nós os detentores de todos os saberes. Mas estou me perdendo, não era sobre isso que iria falar. Era sobre como preciso de um tempo para mim mesma, longe de todos, para limpar minha cabeça de todas essas pecuinhas que para mim tem cada vez menos sentido e significado. De preferência sem TV ou internet também. Só eu e um computador (ou um lápis e muitas folhas de papel, não sou exigente) para me ater aos meus escritos, que já estão mofando na gaveta.

2 comentários:

Ana Helena disse...

Hoje comprei pra mim um caderno daqueles coloridos, pra ajudar nas ideias.

Rayza disse...

JÁ SEI A SOLUÇAO:

VEM PRA CÁ, MINHA CHATINHA!