quarta-feira, 2 de julho de 2008

Reportagem: Ilana Zannini/ Veriana Ribeiro

Eu nunca tinha visto uma arma de perto. Não senti medo. Mas não era para mim que ela estava sendo apontada. Apesar de serem apenas alguns metros. Nunca pensei que teria a coragem para ficar. Mas tive medo o suficiente para não me aproximar. Minha vida não passou como um filme. Eu não pensei em ninguém. Só pensava que aquilo iria virar uma matéria (e ainda bem que eu estava com o microfone na mão). E que eu precisava me proteger de uma (possível) bala perdida.
- Tem alguém fazendo essa matéria?
- Não.
(...)

- A Ilana vai fazer.
- Ilana, peguei duas sonoras, você quer?
(...)

- Senta comigo e vamos escrever. Será que começar com "Era pra ser uma tarde comum, mas se transformou em..." fica muito sensacionalista?
Gargalhadas.
Como foi meu dia? Armas, Reportagens e Gargalhadas. E uma pobre criança chorando assustada.

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