segunda-feira, 5 de maio de 2008

Em Busca da Carteira Perdida

Hoje eu perdi minha carteira. Tinha acabado de pagar o ônibus e sentei em uma cadeira, ao mesmo tempo em que várias pessoas saiam, descendo na primeira parada da UFAC. Ao chegar ao meu bloco eu fui direto para a cantina, comer alguma coisa. Estava morrendo de fome. Fui procurar a carteira para pegar o dinheiro quando... Cadê ela? Olhei na bolsa. Nada. Procurei nas coisas eu carregava na mão... Nada. Nos bolsos, no chão em volta a cantina. Nada. Nada.
- Ai meu Deus... Acho que deixei no ônibus.

Viro em direção a parada (meu bloco fica na parada final) e lá estava o ônibus indo embora. Droga! Sai correndo, o ônibus foi partindo... Comecei a correr em direção a entrada da Universidade, fazendo o caminho oposto ao do ônibus. Não me importei com as praças escuras e os engraçadinhos no caminho, e corri ate não sentir mais o ar nos pulmões. Consegui pegar o ônibus antes que ele saísse da faculdade – exatamente na rotatória antes da entrada/saída.

Implorei pro motorista abrir a porta de trás para eu procurar minha carteira, e dizendo “mas vai logo” abriu. Entrei desesperada, me sentindo em um filme ou numa serie – provavelmente estava descabelada e com um ar desesperado, não era a toa que as pessoas me olhavam estranho. Procurei no chão, no local onde estava sentada, o motorista já apressado. Nada.

- Ta, obrigada – disse desolada e sai.

Voltei andando, chateada, pensando em todo o processo para tirar a segunda via de todos os meus documentos. E ainda tinha o dinheiro, não era muito, mas era o dinheiro pra eu ir pro trabalho e pra faculdade nos próximos dias. Ah, por que isso tinha que ter acontecido?

Depois de alguns poucos minutos chego ao meu bloco, e um menino vem falar comigo.
- Você é a Veriana?
- Ah... Sou – onde eu já tinha visto a criatura? Aquela cara me era familiar...
- Oi, eu encontrei a tua carteira.
- O que? Serio?
- É, eu tinha acabado de sair do ônibus, ali na primeira parada, e vi a carteira. (ah era do ônibus, lembro que ele entrou com os calouros de medicina que haviam levado trote, de longe eu pense que fosse o Lucas, mas quando chegou mais perto vi que não era) Ai eu abrir, só pra ver de quem era, e vi que era de alguém do bloco de jornalismo. Eu deixei com uma menina lá no laboratório, e deixei um recado na lousa da tua sala. Talvez você queira apagar...
- Ah, obrigada, obrigada, obrigada!
- De nada, agora eu já vou.
- Ta, e obrigada.

Fui feliz atrás da minha carteira, pensando que ainda havia pessoas boas que iam ate um bloco distante pra devolver uma carteira e nem sequer mexer no dinheiro.

Ah, queria agradecer o menino de cabelo preto que de longe lembra um pouco o Lucas (bem de longe. Só porque é do mesmo tamanho, branco e de cabelo preto. De perto nem parece). Eu esqueci de perguntar o teu nome (sou uma anta) mas agradeço.

(ele tinha cara de menino fofo, daqueles que a gente aperta as bochechas. Mas ele não tinha muitas bochechas, acho que já haviam apertado toda.)

3 comentários:

Anne Nascimento disse...

hohoho ;D
cara, ainda bem que o carinha que parece com o Lucas apareceu, porque sério, ó, tirar segunda via é um coo! De tudo...

Bem que minha mãe sempre fala pra só andar com as fotocopias (cara de menina pensando...)

O carinha que é parecido com o Lucas é de medicina, também? eu POsso perguntar pro Lucas quem é, daí tu finalmente tu vai saber o nome dele, não que isso ainda importe (cara de menina pensando de novo...)

Beijo, filha ;***

rayza. disse...

caramba, vc me fez passar mó sufoco achando q vc tinha perdido a carteira.
foi horrível cara!
ainda bem q não foi de verdade.
sim, ainda bem q existem pessoas iguais ao lucas (e olha q tem um monte - não só fisicamente falando, mas enfim, acho q o meu carma é encontrar pessoas iguais ao lucas - mentira, iguais à pessoas q eu já conheci um dia - todo mundo se parece com alguém, dá a maior agonia.)
mas nunca achei ninguém q nem vc, isso é mais q óbvio, se não já teria te trocada - háaa, mentira.
eu, por outro lado, tenho um clone aí por essas bandas daí.

saudade :T

me lembra de te contar sobre a experiência surreal de série no calçadão e a bad trip de rivotril qnd tiver mais tempo.

[eu tb me sinto constantemente como se tivesse numa série. isso deveria mto ser analisado, envolve tantas coisas - querer ser assistido, influência americana, espetacularização da vida,blablabla wiskas sachet, sono.]

:*

rayza. disse...

eu acho q qndo a gente mostra a fotocópia as pessoas pensam q é falsa
(deve ser pq a minha é de falsa verdade... /hum)
mas sempre dão aquele sorriso de "êee vose em, tsc tsc, comofas/" e me deixam entrar.
:~~