quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Holly Golightly I



O dia amanhece; um táxi desce a rua vazia. A atmosfera é de melancolia, aquela dos lusco-fuscos, da meia-luz, de tudo que é sugerido e não dito e, de tão bonito, dá saudade de tempos que não vivemos. Moon river, ao fundo, em sua segunda melhor versão (a outra, segundo o próprio Mancini, é a de Audrey cantando na janela), é a tradução musical dos sonhos, das ambições, das fraquezas e frustrações que veremos nas cenas seguintes. Do carro desce uma mulher com um longo preto e pérolas no pescoço, óculos escuros, o cabelo preso, arrumado em coque. Nas mãos da mulher, que já então sabemos que é Audrey Hepburn, um saquinho de pão e um copinho descartável com café, que contrastam tanto com seu vestido e porte quanto com a joalheria em que ela pára em frente, a Tiffany's. Ela olha a vitrine e come o croissant e toma o cafezinho, sem nunca entrar na joalheria, sem nunca realmente fazer parte daquele mundo.

Um lindo texto sobre está adoravél personagem, tirado do blog Metâmeros. Quem quiser lê-lo inteiro, clique no texto. Vale muito a pena.

Adoro esse filme. Adoro esse conto. Adoro a Holly .

Oh, Daaaarling.