segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Eu não preciso mais ter medo.

Rayza voltou. A gente se encontrou ontem, mas eu tive que ir embora cedo, então nem deu pra aproveitar muito. Mas foi muito bom ver o grupo da escola todo reunido. Aquelas conversas que tínhamos nas escadas do META sendo ditas, reditas, lembradas, reformuladas. Ou ate conversas totalmente novas, mas que... Tinha o mesmo gosto bom. Nossa, como eu sinto falta disso. Sinto falta de tudo daqueles dias. Às vezes eu queria congelar esses momentos e viver neles eternamente.

Às vezes eu só queria que esses momentos não evaporassem como fumaças no céu, deixando apenas uma memória. Eu gostaria de viver eternamente esses momentos.

Rayza veio aqui hoje, trocamos musicas, fotos, e conversamos. Nossa, como conversamos, sentia muita falta dessas conversas. Horas e horas deitadas no chão do meu quarto, uma musica legal tocando no fundo e nós lá. Falando da vida. Falando do nada. Falando dos outros. Falando de nós. Foi muito bom. Deu ate vontade de chorar.

Cara, como eu sinto falta dessa guria. Como eu sinto falta dessa minha amiga. É como um pedaço da minha alma, que só se completa quando ela ta por perto.

As vezes eu tenho medo de não estar conseguindo me sair bem sem ela. É tudo novo agora. Novos amigos, novos lugares, novas pessoas, novos costumes, novas formas, jeitos, temperos, sentimentos, cores, dores, alegrias, amores... Tudo é novo e eu tenho medo. Medo de não conseguir me dar bem. Medo de não acompanhar. Medo de perder o que tenho e me perder no caminho. Medo de ficar parada, estancada, enquanto todos seguem. Vivem. E eu sobrevivo. Medo do desconhecido.

Eu tenho medo, muito medo.

Às vezes acho que estou fazendo tudo errado e que simplesmente nada vai dar certo. Que eu deveria simplesmente desistir. E eu não sei se é burrice ou teimosia, mas eu continuo. Mesmo com medo. Mesmo com duvida.

Mas o medo hoje foi embora. E não só porque eu estava com minha alma completa, mas porque enquanto falava da minha vida para minha amiga, enquanto falava as novidades e as pessoas que conheci e as coisas novas que estão me acontecendo... Eu percebi que não tinha porque ter medo.

Eu sei escolher os meus amigos. Sempre soube. E todas essas pessoas, lugares, cores e sabores... Tudo que é novo deixa de ser depois de um tempo. Não tem porque ter medo, não é? E eu estou me dando bem. E eu estou acompanhando. E eu não estou ficando para trás.

E o mais importante, eu não estou me perdendo. Quando questionada, eu sei quem eu sou. Eu sei o que quero. Eu sei o que não quero. Eu sei o que considero bom e ruim. E sei me impor quando preciso.

Eu não preciso mais ter medo.
Só preciso me lembrar disso. E às vezes é difícil

Um comentário:

Anne Nascimento disse...

ter medo de que? se a metade da sua alma *ray* está em vila velha, mas aqui também, eu seu coração, nos nossos (vamos chorar e nos abraçar).

e tem mais, você pode ter a mim, quando estiver na fossa, se quiser chorar de saudades dela, meus ombros estão aqui, fia ;*